Chesfianos realizam ato contra privatização da Eletrobras

Na manhã desta terça-feira (18), os trabalhadores da Chesf realizaram um ato em defesa da energia pública e contra a privatização do Grupo Eletrobras. O movimento aconteceu seguindo todas as normas e protocolos de segurança sanitária exigidos no momento por conta da pandemia. Os trabalhadores permaneceram sem aglomeração, ao ar livre, em ambiente amplo e arejado, todos usando máscaras e atentos ao uso constante de  álcool para higiene das mãos. O ato contou também com a presença de representantes da CUT, do Sindicato dos Correios e Sindicato dos Bancários.

É de conhecimento geral que o processo de descotização previsto na MP 1.031, se levado adiante, gerará um aumento elevado das tarifas de energia elétrica para o mercado cativo (Ambiente de Contratação Regulado – ACL), onde se encontram os consumidores residenciais, rurais, grande parte do comércio e a pequena indústria. Estes, que são os principais responsáveis pela geração de emprego e renda do país, e que já são anualmente penalizados com os aumentos promovidos pelas distribuidoras de energia, sofreriam com esse aumento adicional de no mínimo 13% na sua conta de Luz.

Além disso, a Chesf é a empresa do Setor Elétrico que mais paga compensação financeira no Brasil pelo uso da água aos municípios e aos estados onde se localizam suas usinas, a maioria delas no São Francisco. De 2001 até 2019 foram quase R$ 3 bi (três bilhões de reais) apenas na bacia do Rio São Francisco.

Diferentemente das demais empresas controladas pela Eletrobras a Chesf não possui dívida significativa, pois quitou em 2017 grande parte de sua dívida com a própria holding de forma que é a empresa que possui a melhor capacidade de captar recursos no mercado financeiro para financiar futuros investimentos.

É injustificável este duro golpe que o governo Bolsonaro pretende aplicar com a privatização da Chesf!

 

Copyright © 2016. * Desenvolvido por Agência Prime7