RISCO DE APAGÃO É RESULTADO DA ERRADA DECISÃO DE PRIVATIZAR A ELEBROBRAS

A FRUNE e os sindicato do Nordeste travaram uma luta titânica em defesa da manutenção da Eletrobras/Chesf pública. Alertamos em centenas de audiências públicas, atos, reuniões com dirigentes públicos, sobre as graves consequências de uma privatização. Eis que em menos de três meses após a aprovação da MP 1031 no Senado, vemos o país ameaçado com aumento de tarifas, risco de apagão e racionamento. Na verdade, a chamada crise hídrica não justifica totalmente a situação que estamos passando como o governo tenta fazer a população crer.

Com o anúncio da privatização da Eletrobras, não houve deliberadamente investimentos públicos suficientes no setor elétrico, enquanto isso o setor privado também não fez investimentos, já que aguardava comprar usinas prontas. Resultado: um déficit de adição de nova capacidade desafiava um consumo que crescia a mais de 1.500 MW médios/ano. O que há, além da falta de chuvas, é ausência total de um planejamento adequado do país para se gerenciar esse tipo de problema ao longo da história. “Quando você sinaliza que vai privatizar uma empresa desse porte, que tem várias empresas controladas, subsidiárias, e com muitas instalações – ela hoje representa 30% da geração e quase 50% da transmissão [de energia] –, normalmente se tem uma estratégia de diminuir a capacidade técnica da empresa ou das empresas, porque a Eletrobras é um conjunto de empresas, e se começa a dar incentivos de aposentadorias, e aí vão perdendo uma capacitação técnica”, destacou o professor e pesquisador Renato Queiroz, em recente entrevista ao Jornal Brasil de Fato.

Seguiremos defendendo a Eletrobras/Chesf pública. As empresas, através do seus trabalhadores, é que vão mostrar os caminhos para superar esse momento, provando que privatizar é um erro irreparável.

FONTE: FRUNE

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