Equatorial Piauí demite centenas de trabalhadores piauienses

A empresa Equatorial Energia, desde que assumiu a Companhia Energética do Piauí – CEPISA, vem promovendo um verdadeiro clima de terror dentro da empresa, com centenas de sumárias demissões de trabalhadores, inclusive com menos de 10 anos de empresa, que entraram através de concurso público, é o que afirma a direção do Sindicato dos Urbanitários do Piauí.

O sindicato não concorda com essas demissões imotivadas com a justificativa de que são para reduzir gastos, pois, além de demitir inúmeros piauienses, põe em risco a qualidade dos serviços prestados à população. De acordo com o sindicato, esse processo privatização foi um calote contra os piauienses e o povo brasileiro, em razão da empresa ter sido entregue por 50 mil reais e suas dívidas serem trocadas pelo valor da empresa e assumidas pela União, bem como através de incentivo fiscal. “Estas demissões são maldosas e injustificadas, além de demonstrarem preconceito com o Piauí, pois nas antigas CEAL e Amazonas Energia, também compradas pela Equatorial, tais demissões em massa não vêm acontecendo. Por que apenas no Piauí?”, questiona Francisco Marques, presidente do Sindicato, que alega ainda que a empresa Equatorial vem realizando a contratação de um grande número de trabalhadores terceirizados de outros estados, afetando drasticamente os serviços prestados à população.

Quando a Cepisa foi privatizada, em outubro 2018, havia cerca 2.100 empregados aproximadamente. A Equatorial, empresa que assumiu a Cepisa, realizou inúmeras demissões no quadro da empresa, restando menos de mil funcionários e as demissões continuam, estimamos que foram mais 250 agora nesta última semana, por que não temos mais o controle sobre as rescisões contratuais  que antes eram realizadas no sindicato e agora, com a Reforma trabalhista aprovada após o Golpe de 2016 na Presidente Dilma, são realizadas apenas na empresa, dificultando a ação e o controle do sindicato. “Isto está gerando todo um clima de terrorismo no ambiente organizacional entre os trabalhadores, fazendo com que muitos tenham inclusive crises de ansiedade, medo e depressão”, alega Francisco Marques, presidente do sindicato.

O sindicato fala que além de prejudicar diretamente centenas de famílias, essas demissões atingem a economia do nosso Estado e promove uma queda brusca na qualidade de um serviço estratégico e essencial para toda a população, pois estão sendo fechados escritórios por vários municípios do Estado, deixando a população sem atendimento e sem plantão. “Não podemos perder nosso capital técnico e, como consequência imediata, perder a qualidade na prestação dos serviços. A privatização traz consigo um enorme prejuízo para todos, inclusive a população que teve sua conta aumentada, quando a promessa era de diminuição. Nossa luta, portanto, continua a mesma”, finaliza Marques.

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