Na manhã desta sexta-feira (14), a diretora do Sindicato dos Urbanitários esteve reunida com cerca de 150 trabalhadores demitidos pela Equatorial Piauí, antiga Cepisa, após o processo de privatização da empresa, para tentar buscar soluções por via jurídicas para reparação moral e material desses trabalhadores que eram concursados e foram demitidos sem justa causa pela empresa privada. A reunião contou também com a presença da assessoria jurídica da entidade.
Segundo o presidente do Sindicato, Francisco Marques, o propósito da reunião foi traçar estratégias para realização de uma ação coletiva, que contemplará não apenas os ex-funcionários da empresa presentes no encontro, e sim de cerca de 1400 trabalhadores demitidos. “Iremos realizar ações judiciais junto ao Ministério Público do Trabalho e Justiça do Trabalho, e fazer uma articulação junto ao Governo do Estado para capacitar e gerar oportunidades para estes trabalhadores na tentativa de aproveitá-los em outras empresas”, disse Marques.
De acordo com o Sindicato estas demissões sem justa causa trazerem impactos relevantes para economia do Estado e para a prestação deste serviço, já que são milhares de funcionários capacitados sendo substituídos por mão de obra terceirizada, ocasionando a precarização da distribuição e manutenção de energia elétrica no Estado. “Exemplo disso vemos todos os dias, com o grande número de reclamações de consumidores insatisfeitos com os serviços que vêm sendo prestados pela Equatorial, empresa que lidera o número de reclamações no Pronco”, pontuou o presidente dos Urbanitários.
Para a entidade o mais grave são as sequelas emocionais que estas demissões têm provocado a estes trabalhadores e aos funcionários da empresa, que vivem em constante clima de terror, tendo quadros de ansiedade, depressão, síndrome do pânico, dentre outros transtornos emocionais. “Estamos falando de jovens iniciando suas carreiras, que passaram em um concurso público federal e de repente se veem desempregados, muitos deles com formando família e com filhos pequenos para criar”, alega Marques, que completa que o Sindicato dos Urbanitários irá fazer de tudo para defender o empregos dos trabalhadores e lutará em todas as instâncias pelo direito dos companheiros.
Ao final da reunião foram tirados os segundos encaminhamentos:
– Ações judiciais coletivas e individuais de reparação moral e material;
– Comissão de Trabalho para organizar a luta dos trabalhadores e as ações jurídicas;
– Ações parlamentares aqui no Piauí e em Brasília para fortalecer a luta dentro do Congresso, no sentido de aproveitar estes trabalhadores em outros órgãos.
