MP da Sede ameaça a água pública

O país está enfrentando uma crise nunca vista na história. Como se não bastasse as reformas criminosas feitas em conluio com o congresso e sob a proteção do STF, o GOLPISTA Temer procura aprofunda-la ainda mais com suas medidas reacionárias com a entrega de todas as nossa empresas públicas, riquezas naturais como o pré-sal, nossos aquíferos, rios, todo o complexo energético brasileiro, etc., através de processos viciados e de forma irregular, abrindo precedentes jurídicos gravíssimos. Agora ele comete mais uma das suas barbaridades em um setor essencial, que é o saneamento, editando uma medida provisória que escancara as portas para privatização do setor. A medida provisória 844/18 nada mais é que o colapso total do saneamento público brasileiro, uma vez que permite de forma irrestrita a entrada do capital privado no setor, acabando assim com o nosso MARCO REGULATÓRIO DO SANEAMENTO (Lei nº 11,445/2007).

Antecipando-se ao TEMERoso, o governo Wellington Dias, em seu primeiro ato como governador eleito em 2014, como se fosse um vidente do mal, foi o de acabar com o saneamento público utilizando a imprensa parcial e tendenciosa local, entregando para o capital privado através de um jogo de cartas marcadas o sistema de nossa Capital, uma pratica de AUTOFAGICA, admitindo sua incompetência para gerir a coisa pública, afirmava que a AGESPISA não tinha jeito e a única solução era a EUTANÁSIA. Quando o interessa pessoal, político/eleitoreiro fica acima do interesse público os resultados são CATASTROFICOS. A maior prova disso é o simples fato de boa parte dos prefeitos dos demais municípios já se apressarem em tomar os sistemas que ainda são geridos pela Agespisa, pedindo melhorias e investimentos sabendo que a companhia não tem condições de atender.

Em alguns municípios, como é o caso de Buriti dos Lopes, o prefeito já criou uma empresa municipal para gerir o sistema. No último dia 3, aconteceu audiência pública naquele município e conseguimos amenizar a situação, pois com o conhecimento de causa, mostrando toda a realidade atual da empresa, conseguimos fazer com que os vereadores mudassem de opinião e buscassem uma conversa no sentido de que possa ser assinado ou renovado o contrato de concessão do município com a Agespisa.

E assim caminha a nossa empresa, com uma crise profunda, causada por esse governo irresponsável que não mediu as consequências de uma medida tão radical, que é a privatização do nosso sistema de água. Agora o que nos resta é somente a luta em todas as frentes a nível nacional contra a MP 844/18, chamada MP da Sede. Nos últimos dias 09 e 10.08 estivemos, juntamente com o Coletivo Nacional de Saneamento, em Brasília participando de audiência no Congresso e fazendo visita a parlamentares para tentar barrar esta medida. Nossas ações foram bem sucedidas e temos chances reais de conseguir vencer esta batalha.

Estamos também trabalhando juridicamente, mas, infelizmente, a nossa Justiça é muito morosa. Mas vamos lutar, não podemos fraquejar.

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