Trabalhadores da Cepisa deliberam para ampliar apoio do MPT e rejeitar discutir ações com diretoria ilegítima

Mais uma Assembleia Geral Informativa dos trabalhadores da CEPISA conduzida pela diretoria do Sindicato dos Urbanitários (Sintepi) foi realizada na manhã desta terça-feira (25.09), na frente da empresa, na Av. Maranhão. As primeiras falas foram informes repassados pelo diretor de Assuntos Jurídicos, Francisco Marques. Entre elas o andamento das inúmeras ações protocoladas na Justiça Federal e Justiça do Trabalho contestando as irregularidades do processo de privatização da CEPISA, bem como anular tal processo que está em andamento e que se consolidado, trará prejuízos incalculáveis para a companhia, aos trabalhadores e também para a população.

Ao final da assembleia, os trabalhadores deliberaram por unanimidade dois pontos de pauta: o primeiro é dar autonomia para que o Sindicato continue e amplie o trabalho junto ao Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) no sentido de garantir a manutenção do emprego e dos direitos dos trabalhadores, como também denunciar abusos diante do quando atual; o segundo foi a rejeição dos trabalhadores em participar de reuniões com a empresa Equatorial Energia, sendo que a mesma não tem legitimidade na gestão da empresa para nenhuma tomada de decisões internas.

O Sindicato está atento principalmente aos trabalhadores que foram admitidos em concursos públicos nos últimos 10 anos e que vêm se sentindo inseguros, diante do histórico político de privatizações no setor elétrico e outros. O Sintepi também vem trabalhando uma ação cautelar junto à Justiça do Trabalho, no sentido de garantir que não haja demissão de nenhum empregado até que sejam julgadas em 2ª Instância as ações contra a privatização, as quais tramitam na Justiça Federal e do Trabalho.

Outro informe feito na Assembleia é a entrega nos próximos dias de uma Carta Compromisso a ser entregue aos candidatos à presidência da República, denunciando a desnacionalização e privatização do setor energético do país, bem como solicitando apoio à causa da manutenção das empresas distribuidoras estatais, incluída a CEPISA. “Estamos trabalhando em várias frentes, não só com ações na Justiça que, infelizmente, não tem julgado nenhuma delas até o momento. Precisamos agir também politicamente e apoiar votar nestas eleições de outubro em candidatos com projetos de fortalecimento do Estado e manutenção do patrimônio público”, denunciou Marques.

A direção do Sintepi também informou sobre uma audiência pública no STF, em Brasília, no próximo dia 28 de setembro, na qual será discutido o processo de privatização à luz da decisão do ministro Ricardo Lewandowski, o qual sustenta que nenhuma empresa deve ser privatizada sem uma consulta ao Congresso Nacional, ou seja, sem uma lei que autorize tal processo de privatização. Nessa audiência, o escritório de advocacia Garcês, contratado pelo Sintepi, em Brasília, vai representar o Sintepi e mais distribuidoras para defender a tese de que o atual modelo de privatização não atende à lei da época em que as empresas distribuidoras de energia foram federalizadas, nos anos de 1997 e 1998.

“Vimos tranquilizar a categoria para que não desanime e não abandone a luta. A história nos mostra que tudo o que nós conseguimos até hoje foi através da mobilização e da luta de cada um (a) dos trabalhadores (as)”, destacou o presidente do Sintepi, Paulo Sampaio.

 

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