A atual situação da AGESPISA e o futuro da empresa foram tema de debate durante audiência pública que aconteceu nesta segunda-feira (10), na Comissão de Constituição e Justiça, da Assembleia Legislativa do Piauí solicitada pelo Dep Marden Mezes do PP.
Com abertura dos trabalhos da Audiência Publica o Dep. Marden Menezes questionou o presidente da AGESPISA, Zé Santana, sobre uma possível liquidação da empresa, como vem sendo veiculado pela mídia. O presidente da empresa Zé Santana, afirmou que não há um plano de privatização da Agespisa. Segundo o gestor, o pedido do governador Rafael Fonteles é que haja uma resolução do problema financeiro da prestadora de serviços para que, no longo prazo, possa ser estudada a venda de 49% de suas ações. Essa medida é vista, apenas, como forma de capitalizar a Agespisa para fazer investimentos necessários. Um dos objetivos da capitalização seria atingir as metas do Marco Regulatório do Saneamento Básico.
O Sindicato dos Urbanitários esteve presente e teve fala através do presidente, Francisco Marques, que destacou a importância vital da companhia e mostrou, através de dados, que a AGESPISA é sim viável, desde que tenha uma gestão comprometida e que não seja submetida às ingerências políticas, como vem sendo ao longos dos anos. O presidente também enfatizou que os(as) trabalhadores(as) e o sindicato não lutam apenas por seus empregos, mas também pela viabilidade da empresa pública prestando serviços de qualidade à toda população piauiense. Durante o debate, o presidente Marques também falou sobre os prejuízos que a subconcessão dos serviços de água e esgoto de Teresina trouxe pra AGESPISA, que perdeu boa parte de sua arrecadação.
Participaram ainda da audiência representante da OAB; o deputado Gil Costa; o presidente do Sindicato dos Engenheiros, Florentino Filho; a deputada Gracinha Mão Santa; o diretor-geral da Agrespi (Agência de Regulação dos Serviços Públicos do Estado do Piauí), Antônio Torres.
Na avaliação do sindicato, a audiência foi muito importante, pois foi uma oportunidade de esclarecer a situação que a AGESPISA se encontra e apontar os principais fatores que contribuíram para a desestruturação da empresa.
Os(as) trabalhadores(as) esperam que o atual governo trabalhe para revitalizar a companhia, e que olhe com atenção para os municípios deficitários, para que a empresa possa, enfim, prestar serviços de qualidade em todo o Estado do Piauí, longe de ameaças de privatização, tornando-se uma empresa forte e pública, como deve ser.
