Dia Mundial da Água: FNU na luta contra a privatização do saneamento ambiental e as PPPs

A o se comemorar o Dia Mundial da Água no dia 22 de março, é preciso lembrar que em diversos lugares do planeta, milhares de pessoas já sofrem com a falta desse bem essencial à vida. O Brasil é um país privilegiado, pois aqui estão 11,6% de toda a água doce do planeta. Aqui também se encontram o maior rio do mundo – o Amazonas – e gigantescos reservatórios de água subterrânea como o Sistema Aquífero Guarani e o aquífero Alter do Chão.

Dentro desta conjuntura de abundância, o Brasil vem sendo alvo constante da investidas do capital transnacional na tentativa de controlar os serviços de água e saneamento ambiental, a ameaça sempre se alia a governos entreguistas e usam dos mais variados nomes: abertura de capital e a parceria publico-privada. Ou seja, para a lógica do capital o importante é controlar a água não importando os métodos.

A FNU, a CNU, a FRUNE , a FITUESP, o movimento sindical e os movimentos sociais e populares estão mobilizados para barrar a entrega da água ao capital . Nesse sentido tem realizado diversas atividades de luta e mobilização pelos estados. Nos dias 16,17 e 18 de março, foi realizado o 1º Seminário Nacional de Saneamento, em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, com o objetivo de trocar experiências, acumular conhecimento e traças estratégias de luta e mobilização para impedir a entrega do setor de saneamento ambiental ao capital privado, No mundo inteiro, até mesmo nos países europeus, tem sido revertido o processo de privatização dos serviços de saneamento ambiental, o que comprova que ele é desastroso, que acentua a exclusão social, que precariza serviços, aumenta as tarifas e acaba com postos de trabalho no setor. Por isso, devemos dizer não a privatização e cobrar dos governos o fortalecimento das empresas públicas.

A sociedade brasileira e a classe trabalhadora devem estar atentas e vigilantes quanto às estratégias usadas pelos grupos transnacionais e seus aliados nos governos. É preciso usar como exemplo de luta os coirmãos bolivianos que há alguns anos foram às ruas em El Alto e expulsaram a empresa que explorava os serviços de água. Assim como, foi estratégica a postura dos governos da Argentina, Uruguai, Venezuela e Equador que quebraram os contratos com estas empresas transnacionais e as devolveram as suas populações através da nacionalização.

Neste dia 22 de março vamos acima de tudo refletir e reafirmar nosso compromisso com os serviços públicos de água e saneamento ambiental. Pois a água não é um bem para gerar lucro, ela é vida acima de tudo.

FONTE: FNU

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